segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um tributo...

    
    Eu olho para todos os lados, só vejo você, você, você; que me ajudou a crescer, a formar caráter, a ter princípios, a seguir sempre esses princípios; a ser eu mesma, a absorver tudo ou quase tudo, a ser carinhosa, a fazer bolo de cenoura, ser segura, ser confiante, ter amigos, ser amiga, bordar ponto-cruz e ter Deus sempre em primeiro lugar, até que você se foi...
    Pra mim, 'inda parece que viajas, que te ausentas por muito tempo deixando a saudade castigar a todos nós, tenho comigo, que pensavas teimosamente e erroneamente que não morreríamos de saudedes de ti, que não morreria sem ter você aqui pra me ensinar o que faltava; agora, tenho ainda caráter por formar, parei de bordar, desviei-me (só um pouco) dos meus princípios, Creio em Deus, mas o Henrique não vai à Igreja, o bolo nunca fiz, não tem graça nem sabor sem ti. Sonho com alguma parte linda de ti todas as noites, o carinho ficou pra depois na praticidade da vida, a confiança não. Meus amigos me amam, eu os amo! 
    Até que você voltou! Agora -pra ficar-, vives em meu coração, em meus pensamentos, meus gestos, meu bordado esquecido, minhas caras e bocas, minhas festas, minha tristeza, ainda és a melhor parte do meu caráter, porque o que é meu, o que é nosso, não se vai; das coisas mais ilustres, simples e sublimes que me ensinaste, a melhor, a única e invariável é a família, eu te amei muito, te amo muito e te amarei muito.    

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